A MODA PÓS COVID-19
A pandemia global do novo coronavírus nos colocou frente à diversas situações econômicas e sociais, incluindo as medidas de isolamento e consequentemente a baixa demanda de consumo (que até já estavam previstas, de acordo com diversos especialistas comportamentais, mas foram aceleradas em cerca de 10 anos). A visão contemporânea do que é essencial na indústria de produção, assim como para o mercado de consumo, deixou de ser expectativa para se tornar uma realidade cada vez mais forte e sustentável não somente em questões ecológicas mas também humanas – processos mais conscientes, atenção às sociedades vulneráveis e fortalecimento da indústria local, por exemplo.
Reconhecido mundialmente, o escritório norte-americano de consultoria empresarial McKinsey & Company sugere a antecipação nos planejamentos de marca, partindo de vários cenários que podem surgir focando inicialmente no otimismo e assim desenvolver estratégias, mesmo que ainda imaginárias, para a orientação das empresas e a preparação para agir no momento certo. Embora ainda perdurem várias incertezas, algumas questões tidas como conceitos começam a se firmar como tendência: as compras online, que já cresciam consideravelmente nos últimos anos, agora são essenciais para manter o capital de giro e a qualidade é reforçada como fator decisivo na hora da compra tanto para produtos rotineiros quanto aqueles com valor agregado. Vamos consumir com mais responsabilidade e queremos peças duráveis e sustentáveis.
Como reflexo do “espírito do tempo”, a moda passa por muitas mudanças, com destaque para a estética minimalista, o conforto de vestir e a “multifuncionalidade” das peças. É fato que não voltaremos para o ponto de onde paramos após esta pandemia, o que nos aproxima de um mundo mais equilibrado e melhor. O “novo normal” está baseado em segurança, conforto e bem-estar.