GENDER FLUID: A NOVA LINGUAGEM DA GERAÇÃO Z
Como a maior geração do mundo, representando 40% do total de consumidores, a Geração Z está constantemente sob análises de comportamento que orientem a oferta assertiva de produtos e serviços que absorvam os U$ 2 bilhões de poder de compra que estes jovens aplicam no mercado anualmente.
A última pesquisa da UNiDAYS foi realizada com mais de quatro mil jovens do Reino Unido, Austrália e EUA e aponta um estilo que impacta fortemente a Indústria da Moda voltada: preocupados com sua aparência e a sensação causada pelas roupas, estes jovens estão optando pela procedência das peças ao invés dos rótulos. Assim, roupas de gênero neutro e que assegurem o seu baixo impacto ambiental, social e econômico são sinônimo de sucesso de vendas.
A busca por um vestuário livre de rótulos sobre gênero está muito ligada à inclusão de grupos minoritários – é sabido que a Geração Z tem simpatia por marcas que escolhem se posicionar favoravelmente em relação a pessoas não-binárias e trans, por exemplo, portanto é natural que a moda que permeia o dia a dia destes jovens reafirme este posicionamento. Respeito ao próximo e a irrelevância do gênero amortece o racismo, o machismo, o feminicídio, a gordofobia.
Mas atenção à escolha do termo para definir a sua coleção No Gender: o termo unissex não é muito bem aceito pela Geração Z, pois ele ainda implica alguma relação com a sexualidade e a Fluidez do Gênero, o Gender Fluid, é um conceito que está além disso.
“A fluidez de gênero não é apenas uma tendência, é um movimento que continuará a transformar a face da moda, especialmente nas mãos da Geração Z”, afirma Fiona Briggs para o Retail Times. “A próxima geração de consumidores não está simplesmente procurando por roupas interessantes e sem gênero para vestir. Eles estão procurando por marcas de moda que sejam verdadeiras aliadas. Que vivem e respiram diversidade, inclusão e igualdade, que entendem o que a moda com fluidez de gênero realmente significa para a comunidade LGBTQ+ e todos os demais.”