PORQUE AS MARCAS DE MODA ESTÃO INVESTINDO NO METAVERSO
Realidade virtual, realidade aumentada e internet são o tripé que sustentam o Metaverso, a última investida do grupo liderado por Mark Zuckerberg que agora se chama Meta, detentor das plataformas Facebook, Instagram e Whatsapp (a tríade que baseia a atuação digital da maioria de nós tanto como marcas quanto como indivíduos). O lançamento do Metaverso sacudiu a Indústria da Moda e já influencia o departamento de estilo, com novos shapes, cores e estampas que remetem ao universo digital e muitas das grandes marcas globais já empreendem estratégias de posicionamento na plataforma. Nesse texto você vai entender porque o investimento milionário em terrenos, avatares e lançamento de produtos de moda no Metaverso está presente no planejamento de marketing de empresas tão relevantes, com produtos virtuais na casa sendo vendidos por milhares de dólares.
“Se as pessoas estão no Metaverso, é lá que a moda deve estar”, afirmou Paulo Borges, fundador e idealizador da São Paulo Fashion Week. Como um ambiente 100% digital onde será possível trabalhar, estudar, conversar com amigos e fazer compras, o Metaverso está sendo visto como o futuro das relações sociais, um ambiente de luxo e personalização com previsão de movimentar U$ 50 milhões para as marcas de luxo até 2030 através dos NFTs*, segundo relatório da Morgan Stanley – um investimento a médio prazo altamente lucrativo, baseado em experiências imersivas que resultam na “gameficação” da vida, o que os especialistas consideram ser o futuro da internet.
E foi justamente no ambiente dos games que essa onda digital para as marcas de moda começou a chamar a atenção, com marcas como Gucci, Balenciaga, Louis Vuitton, Tommy Hilfiger e Nike produzindo “skins” (roupas e acessórios) para os jogadores de Roblox, Free Fire e Fortnite. Nas experiências virtuais, imagem é tudo: 1 a cada 4 jogadores do Roblox (um dos 6 jogos mais populares do mundo) editam seus avatares diariamente (dados da pesquisa Morgan Stanley).
Para consumidores híbridos como os Millennials (Geração Y) e anteriores, o Metaverso pode não fazer muito sentido. Tampouco a plataforma irá substituir a vida real e, assim como o uso irrestrito das redes sociais, seus impactos sobre a saúde estão sendo discutidos. Mas as novas demandas digitais que se apresentam com as novas gerações ainda trarão muitas novidades neste campo – adaptar-se é preciso.
*NFTs são uma forma de demonstrar propriedade sobre um ativo digital ou um ativo do mundo real representado por um token. NFTs não são reduzidos à arte, apesar de o grande boom ter ocorrido por conta da atratividade pelas artes digitais. Qualquer coisa pode ser um NFT: uma imagem, áudio, vídeo, um nome de domínio, ingressos para shows, álbuns de música, ativos digitais no jogo (por exemplo, uma skin). Fonte: Forbes Brasil