SEASONLESS: A MODA SEM ESTAÇÃO
O aumento do número de viagens e da preocupação com a sustentabilidade e o impacto da Indústria Têxtil sobre o Meio Ambiente coloca em xeque o fluxo do calendário da moda. Segundo recente pesquisa do instituto Global Data, a transformação da maneira como as marcas desenvolvem suas coleções é uma grande oportunidade para toda a cadeia têxtil aprimorar seu desempenho com a máxima menos é mais.
Em meados de 2015 o termo See Now Buy Now já servia como base para o desenvolvimento de produtos de marcas de luxo como Ralph Lauren e Burberry, anulando o fator profético dos desfiles – já não eram mais as semanas de moda quem ditavam as tendências, mas sim o que se via em vitrines virtuais e despretensiosas como o Instagram. De lá pra cá muita coisa mudou e o mundo inclusive vive uma pandemia de efeitos impensáveis sobre todo o sistema econômico, com mudanças de comportamento que reforçaram ainda mais a necessidade de transformação da moda produzida com base nas estações do ano – Inverno e Verão, basicamente.
Operar com um calendário sem estação implica em apostar com mais peso nas peças atemporais e essenciais do guarda-roupa, assim como tempos de resposta mais curtos na produção e na entrega destas peças ao consumidor final. O Global Data confirma que 32% dos jovens entrevistados em sua última pesquisa fazem questão de saber quais são os passos que as marcas vão dar para lidar com questões de sustentabilidade, fazendo do momento atual o período perfeito para a solidificação deste novo cronograma de produção. Com a tecnologia 4.0 dos equipamentos têxteis e a nova safra de matérias-primas sustentáveis que está surgindo, fica fácil transformar os básicos que todo mundo ama em peças fundamentais para oferecer conforto ao vestir tanto no corpo quanto na mente, assegurando escolhas conscientes de consumo.