TECNOLOGIA PARA RENOVAR OS CLÁSSICOS
Mesmo que ainda esteja no início dos seus dias de glória, a grife Zimmermann – fundada no início da década de 1990 pelas irmãs Nicky e Simone, produzida inicialmente dentro da garagem dos pais – já é amplamente reconhecida pelas principais celebridades e influenciadoras como Kendall Jenner, Beyoncé e Margot Robbie, que frequentemente vestem as criações das irmãs Zimmermann. A marca teve muito destaque na última semana de moda de Nova York, onde apresentou uma coleção extremamente refinada e delicada com forte apelo comercial e muita informação de moda, abandonando o visual clichê ao combinar linguagens esportivas e urbanas com modelagens clássicas.
Especialmente nas duas últimas apresentações em NY (Verão e Inverno 2020) a Zimmermann literalmente abusou de tecnologias têxteis para reconstruir estéticas tradicionais e repaginar conceitos considerados antiquados, utilizando por exemplo a estamparia digital para cobrir estrategicamente chemises de seda com motivos riquíssimos em detalhes, corte a laser com finalizações bordadas lembrando rendas luxuosas amplificadas e miçangas e paetês para enfeitar vestidos super leves e fluídos, resultados obtidos graças a precisão e delicadeza do trabalho de máquinas modernas como as bordadeiras TAJIMA ou as máquinas de corte a laser da Nippon.
Esta grife australiana trabalha desde o início voltada para mulheres contemporâneas que buscam o requinte elaborado de técnicas do passado e até ancestrais, mas com o conforto necessário para os dias atuais que mantém o corpo livre para qualquer movimento e ressignifica a sensualidade. Nem a regata de ribana não escapou da releitura da dupla de designers da Zimmermann, com um dos ombros deslocados para criar efeito assimétrico – experimentações que podem ser facilmente visualizadas antes mesmo da confecção da peça piloto com o software EFI Optitex, que oferece um modelo digital detalhado com informações sobre pontos de stress e utilização média da matéria-prima.
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